A nossa Santa Casa foi criada com o legado de 20 contos de réis deixado em testamento pelo Barão de Pindamonhangaba, Cel. Manoel Marcondes de Oliveira e Mello, que ao falecer em 06 de agosto de 1863, deixou essa importância para o patrimônio de uma instituição de caridade.
Durante dois anos, uma Comissão formada por pessoas gradas à cidade, como o Visconde de Palmeira, Capitão Gregório José de Oliveira e Costa, Capitão Ignácio Bicudo de Siqueira Salgado, Barão de Itapeva, Dr. Francisco Marcondes Homem de Mello, Barão de Pindamonhangaba (2.°), Dr. Miguel Monteiro de Godoy e Dr. Manoel Marcondes de Moura e Costa, trabalharam para a implantação de uma Santa Casa em nossa cidade.
O Cap. Alfredo de Paula Salgado doou um casarão, de um pavimento, localizado no fim da antiga Rua Humaytá, atual Dr. Gregório Costa. Esta casa localizava-se, exatamente, onde passam os trilhos da R.F.F.S/A e, em 24 de junho de 1865 foi inaugurada e o seu primeiro Provedor foi o Cap. António Salgado Silva, Visconde de Palmeira e faziam parte do primeiro Corpo Médico da novel Santa Casa os seguintes médicos: Antonio Pedro Teixeira, Marinômio de Brito, J. M. da Costa França, Dr. Gustavo de Oliveira Godoy, Dr. Frederico Pereira, Dr. Lúcio Pauvolid, Dr. Eugênio de Mello e outros.
Durante 11 anos esteve a Santa Casa neste local. Em 1876, o prédio foi desapropriado pela Estrada de Ferro São Paulo-Rio, depois Estrada de Ferro Central do Brasil, para dar passagem aos trilhos da ferrovia.
Novo prédio foi arranjado, tendo a administração recebido por doação, o casarão de um pavimento próximo à esquina da Ladeira Barão de Pindamonhangaba com a Rua dos Pescadores, já conhecida, também, como a Rua do Monteiro, onde permaneceu até fins de 1924.
Antes, porém, em 1912, a Provedoria adquiriu do Major João Romeiro, pela quantia de R$ 1.000$000 (hum conto de réis), uma gleba de terra próxima ao antigo Prado Pindamonhangabense, no fim da Rua Dr. Frederico Machado. A essa área, em 1921, foi acrescido o terreno onde fora o prado de corridas, por doação dos herdeiros de Cornélio Bicudo Varella Lessa, totalizando quase 3 alqueires. A escritura foi lavrada em 02/10/1921.